quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Banda Sonora: Schizophrenia, de Sonic Youth

Para esta semana a banda sonora é Schizophrenia, dos Sonic Youth, banda nova-iorquina que anunciou dois concertos em Portugal nos Coliseus de Lisboa e Porto, a 22 e 23 de Abril respectivamente. Uma das bandas rock puro e duro que influenciou nomes como os Nirvana, com quem chegaram a fazer uma digressão antes do grupo de Kurt Cobain se transformar no mito que foi. E é também das poucas bandas que se aguentou ao longo dos anos sem se notar as rugas. Uma prova que o bom rock não tem idade.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Homens Que Matam Cabras Só Com o Olhar, de Grant Heslov (2009)

«Homens Que Matam Cabras Só Com o Olhar» é um filme peculiar e não estou a falar apenas do nome. Se no genérico não estivesse escrito realizado por Grant Heslov, eu era capaz de jurar que era um filme de Spike Jonze. Baseado numa história verídica, este filme conta a história de Bob Wilton (Ewan McGregor) um jornalista norte-americano de um jornal regional que para provar o seu valor parte para o Iraque em busca da reportagem da sua vida.

E consegue-o, mas não necessariamente da forma esperada. A oportunidade da sua vida surge quando se cruza com Lyn Cassady (um genial George Clooney), um antigo membro de uma unidade secreta do exército dos EUA dedicada ao paranormal chamada o Exército da Nova Terra, liderada por um hippie (Jeff Bridges a merecer uma nomeação para Óscar de Melhor Actor Secundário) que viu a luz no Vietname. À medida que vamos acompanhando Bob e Lyn no Iraque, vamos também conhecendo a história desta unidade, que ao que tudo indica existiu mesmo.

Por isso «Homens Que Matam Cabras Só Com o Olhar» é um filme peculiar, com personagens bastante estranhas. No fundo estamos perante uma unidade militar que não acredita na guerra e baseada em princípios hippies. E apresenta um forte elenco, onde ainda surge Kevin Spacey a fazer de mau da fita ou Stephen Lang (que vimos recentemente como vilão em Avatar) a representar um alto oficial que defende esta unidade com unhas e dentes. A cena em que o vemos ir contra uma parede para testar os seus super poderes é delirante. Infelizmente a terceira obra de Grant Heslov falhou os Óscares, o que é mais uma das provas que a Academia tem medo de arriscar em filmes originais.

Nota: 4/5

Site oficial do filme

Tudo Pode Dar Certo, de Woody Allen (2009)

Todos os anos sai um filme de Woody Allen. Já é uma tradição como o Natal. Apesar de chegar a Portugal sempre com uns meses de atraso, o importante é que ainda vai chegando. No caso de «Tudo Pode Dar Certo» é um regresso do realizador à sua cidade de sempre: Nova Iorque. Depois das suas andanças por Londres e Barcelona Woody Allen regressa ao seu habitat natural e regressa também às grandes comédias que nos habituou no início de carreira.

Só faltava a presença do próprio realizador a desempenhar o papel principal, um físico em tempos nomeado para o Nobel, mas Larry David não lhe fica atrás pois o seu Boris está genial. E há muito tempo que não me ria tanto numa sala de cinema. Cada vez que Boris abre a boca alguém vai sofrer: seja a rapariga que fugiu de cada e lhe aparece em casa, sejam os miúdos a quem ensina a jogar xadrez ou até mesmo os amigos.

Há que realçar que Boris tem um certo ódio de estimação com a Humanidade. Para ele todos os pais deviam enviar os filhos para um campo de concentração pelo menos duas semanas por ano para que eles soubessem o que era a humanidade. Este é só um exemplo das opiniões de Boris, que é tal e qual as personagens interpretadas por Woody Allen há uns anos atrás, com as suas peculiares manias.

E também não faltam grandes personagens a este «Tudo Pode Dar Certo», uma das quais é Patricia Clarkson, que está muito bem como a mãe de Melody (Evan Rachel Wood), a rapariga que vai viver com Boris vinda directamente do Sul dos EUA. Além do regresso a Nova Iorque, que uma vez mais é filmada de uma forma sublime, podemos também contar com o regresso do jazz à banda sonora. No fundo este é mais um filme de Woody Allen vintage, que infelizmente não teve grande reconhecimento. O que até se compreende pelo feitio de Boris.

Nota: 5/5

Site oficial do filme

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Os Crimes dos Rios de Púrpura, de Mathie Kassovitz (2000)u

Juntando duas super estrelas do cinema francês actual - Jean Reno e Vicent Cassel - «Os Crimes dos Rios de Púrpura» é uma boa surpresa. É um thriller que tem lugar numa vila remota onde uma sinistra universidade parece ser o centro de tudo. É precisamente na Universidade de Guernon, que tem um código de regras bastante especifico que dita que os professores devem casar e ter filhos entre si, que começam a surgir algumas mortes estranhas.

Para resolver o mistério é chamado o comissário Pierre Niemans (Jean Reno) directamente de Paris. Ao mesmo tempo um outro investigador policial mais novo (Vincent Cassel) desterrado para uma terreola supostamente por mau comportamento, investiga também a profanação de um túmulo que o leva a Guernon. Juntos os dois policias vão tentar desvendar o que se passa na universidade e a razão por detrás das mortes que apresentam requintes de malvadez.

Com um bom argumento, que nos deixa agarrados do início ao fim, «Os Crimes dos Rios de Púrpura» podia ser um grande filme. E está lá perto pois os actores têm grandes desempenhos. Mas há uma ou outra falha que acabam por deitar por terra as suas altas expectativas. Em primeiro lugar a culpa é do realizador Mathiew Kassovitz que muitas vezes recorre a planos demasiado rebuscados que acabam por nos afastar um pouco da acção. Talvez o seu objectivo tenha sido apresentar truques de câmara, mas infelizmente não o consegue.

Outra das falhas diz respeito às cenas de lutas. Ao tentar imitar os filmes de acção (Matrix tinha estreado um ano antes e trouxe definitivamente para o cinema Ocidental as magnificas coreografias dos filmes de Hong Kong) o filme falha redondamente e não convence. O que vale é que são só duas em todo o filme. Mesmo assim, o balanço é bem positivo, em grande parte devido à história e aos dois actores principais. O resto passa ao lado.

Nota: 4/5

Site do filme no IMDB

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

E os nomeados são...

Um dos momentos mais aguardados pelos fãs da Sétima Arte, mesmo para os que não gostam dos Óscares, teve lugar hoje em Hollywood com a apresentação dos nomeados às estatuetas. E este ano com o atractivo de ter 10 filmes nomeados para melhor filme.

Tal como seria de esperar «Avatar» de James Cameron está entre os mais nomeados, ao lado de «Estado de Guerra» de Kathryn Bigellow, com nove nomeações cada. Em segundo lugar nos mais nomeados «Sacanas Sem Lei» de Quentin Tarantino, com oito nomeações, «Precious», de Lee Daniels, com seis nomeações cada, e «Nas Nuvens» de Jason Reitman, com cinco nomeações.

A lista dos nomeados para a 82ª edição dos Óscares é:

Melhor Actor Principal:

Jeff Bridges em «Crazy Heart»
George Clooney em «Nas Nuvens»
Colin Firth em «A Single Man»
Morgan Freeman em «Invictus»
Jeremy Renner em «Estado de Guerra»

Melhor Actor Secundário:

Matt Damon em «Invictus»
Woody Harrelson em «The Messenger»
Christopher Plummer em «The Last Station»
Stanley Tucci em «Visto do Céu»
Christoph Waltz em «Sacanas Sem Lei»

Melhor Actriz Principal:

Sandra Bullock em «The Blind Side»
Helen Mirren em «The Last Station»
Carey Mulligan em «Uma Outra Educação»
Gabourey Sidibe em «Precious»
Meryl Streep em «Julie & Julia»

Melhor Actriz Secundária:

Penélope Cruz em «Nove»
Vera Farmiga em «Nas Nuvens»
Maggie Gyllenhaal em «Crazy Heart»
Anna Kendrick em «Nas Nuvens»
Mo’Nique em «Precious»

Melhor Animação:

«Coraline e a Porta Secreta», de Henry Selick
«O Fantástico Senhor Raposo», de Wes Anderson
«A Princesa e o Sapo», de John Musker e Ron Clements
«The Secret of Kells», de Tomm Moore
«Up - Altamente», de Pete Docter

Melhor Direcção Artística:

«Avatar» Art Direction: Rick Carter e Robert Stromberg; Set Decoration: Kim Sinclair
«Parnassus: O Homem que Queria Enganar o Diabo» Art Direction: Dave Warren and Anastasia Masaro; Set Decoration: Caroline Smith
«Nove» Art Direction: John Myhre; Set Decoration: Gordon Sim
«Sherlock Holmes» Art Direction: Sarah Greenwood; Set Decoration: Katie Spencer
«a Jovem Vitória» Art Direction: Patrice Vermette; Set Decoration: Maggie Gray

Melhor Fotografia:

«Avatar», Mauro Fiore
«Harry Potter e o Príncipe Misterioso», Bruno Delbonnel
«Estado de Guerra», Barry Ackroyd
«Sacanas Sem Lei», Robert Richardson
«O Laço Branco», Christian Berger

Melhor Guarda-Roupa:

«Bright Star - Estrela Cintilante», Janet Patterson
«Coco avant Chanel», Catherine Leterrier
«Parnassus: O Homem que Queria Enganar o Diabo», Monique Prudhomme
«Nove», Colleen Atwood
«A Jovem Vitória», Sandy Powell

Melhor Realizador:

«Avatar», James Cameron
«Estado de Guerra», Kathryn Bigelow
«Sacanas Sem Lei», Quentin Tarantino
«Precious», Lee Daniels
«Nas Nuvens», Jason Reitman

Melhor Documentário (Longa-Metragem):

«Burma VJ», Anders Østergaard e Lise Lense-Møller
«The Cove»
«Food, Inc.», Robert Kenner e Elise Pearlstein
«The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers», Judith Ehrlich e Rick Goldsmith
«Which Way Home», Rebecca Cammisa

Melhor Documentário (Curta-Metragem):

«China’s Unnatural Disaster: The Tears of Sichuan Province», Jon Alpert e Matthew O’Neill
«The Last Campaign of Governor Booth Gardner», Daniel Junge e Henry Ansbacher
«The Last Truck: Closing of a GM Plant», Steven Bognar e Julia Reichert
«Music by Prudence», Roger Ross Williams e Elinor Burkett
«Rabbit à la Berlin», Bartek Konopka e Anna Wydra

Melhor Montagem:

«Avatar», Stephen Rivkin, John Refoua e James Cameron
«Distrito 9», Julian Clarke
«Estado de Guerra», Bob Murawski e Chris Innis
«Sacanas Sem Lei», Sally Menke
«Precious», de Joe Klotz

Melhor Filme Estrangeiro:

«Ajami», de Yaron Shani e Scandar Copti (Israel)
«El Secreto de Sus Ojos», de Juan José Campanella (Argentina)
«La Teta Asustada», de Claudia Llosa (Peru)
«Um Profeta», de Jacques Audiard (França)
«O Laço Branco», de Michael Haneke

Melhor Maquilhagem:

«IL Divo - A Vida Espectacular de Giulio Andreotti», Aldo Signoretti e Vittorio Sodano
«Star Trek», Barney Burman, Mindy Hall e Joel Harlow
«A Jovem Vitória», Jon Henry Gordon e Jenny Shircore

Melhor Banda Sonora:

«Avatar», James Horner
«O Fantástico Senhor Raposo», Alexandre Desplat
«Estado de Guerra», Marco Beltrami e Buck Sanders
«Sherlock Holmes», Hans Zimmer
«Up - Altamente», Michael Giacchino

Melhor Canção:

«Almost There» de «A Princesa e o Sapo», Musica e Letra de Randy Newman
«Down in New Orleans» de «A Princesa e o Sapo», Musica e Letra de Randy Newman
«Loin de Paname» de «Paris 36», Musica de Reinhardt Wagner e Letra de Frank Thomas
«Take It All» de «Nove», Musica e Letra de Maury Yeston
«The Weary Kind (Theme from Crazy Heart)» de «Crazy Heart» Musica e Letra de Ryan Bingham e T Bone Burnett

Melhor Filme:

«Avatar», de James Cameron
«The Blind Side», de John Lee Hancock
«Distrito 9», de Neill Blomkamp
«Uma Outra Educação», de Lone Scherfig
«Estado de Guerra», de Kathryn Bigellow
«Sacanas Sem Lei», de Quentin Tarantino
«Precious», de Lee Daniels
«Um Homem Sério», de Joel Coen e Ethan Coen
«Up - Altamente», de Peter Docter
«Nas Nuvens», de Jason Reitman

Melhor Curta-Metragem (Animação):

«French Roast», de Fabrice O. Joubert
«Granny O’Grimm’s Sleeping Beauty», de Nicky Phelan e Darragh O’Connell
«The Lady and the Reaper (La Dama y la Muerte)», de Javier Recio Gracia
«Logorama», de Nicolas Schmerkin
«A Matter of Loaf and Death», de Nick Park

Melhor Curta-Metragem:

«The Door», de Juanita Wilson e James Flynn
«Instead of Abracadabra», de Patrik Eklund e Mathias Fjellström
«Kavi», de Gregg Helvey
«Miracle Fish», de Luke Doolan e Drew Bailey
«The New Tenants» Joachim Back e Tivi Magnusson

Montagem de Som:

«Avatar», Christopher Boyes e Gwendolyn Yates Whittle
«Estado de Guerra», Paul N.J. Ottosson
«Sacanas Sem Lei», Wylie Stateman
«Star Trek», Mark Stoeckinger e Alan Rankin
«Up - Altamente», Michael Silvers e Tom Myers

Sound Mixing:

«Avatar», Christopher Boyes, Gary Summers, Andy Nelson e Tony Johnson
«Estado de Guerra», Paul N.J. Ottosson e Ray Beckett
«Sacanas Sem Lei», de Michael Minkler, Tony Lamberti e Mark Ulano
«Star Trek», Anna Behlmer, Andy Nelson e Peter J. Devlin
«Transformers: Retaliação», Greg P. Russell, Gary Summers e Geoffrey Patterson

Melhores Efeitos Especiais:

«Avatar», Joe Letteri, Stephen Rosenbaum, Richard Baneham e Andrew R. Jones
«Distrito 9», Dan Kaufman, Peter Muyzers, Robert Habros e Matt Aitken
«Star Trek», Roger Guyett, Russell Earl, Paul Kavanagh e Burt Dalton

Melhor Argumento Adaptado:

«Distrito 9», Neill Blomkamp e Terri Tatchell
«Uma Outra Educação», Nick Hornby
«In the Loop», Jesse Armstrong, Simon Blackwell, Armando Iannucci e Tony Roche
«Precious», Geoffrey Fletcher
«Nas Nuvens», Jason Reitman e Sheldon Turner

Melhor Argumento Original:

«Estado de Guerra», Mark Boal
«Sacanas Sem Lei», Quentin Tarantino
«The Messenger», Alessandro Camon e Oren Moverman
«Um Homem Sério», Joel Coen e Ethan Coen
«Up - Altmente», Bob Peterson, Pete Docter, Story by Pete Docter, Bob Peterson e Tom McCarthy

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Banda Sonora: Cornerstone, de Arctic Monkeys

A banda sonora desta semana é «Cornerstone» dos britânicos Arctic Monkeys, banda que regressa a Portugal para promover o último album «Humburg», com concertos em Lisboa e no Porto. Ao terceiro album de estúdio os jovens britânicos, um dos primeiros fenómenos a sair da rede social MySpace, onde recolheram apoio antes de se lançarem em grandes voos, os Arctic Monkeys entraram em novas sonoridades, inspiradas no deserto da Califórnia onde foram gravar com a ajuda de Josh Homme.

Para escutar com atenção fica o mais recente single de «Humgurg».