domingo, 10 de outubro de 2010

Uma Família Moderna, de Ferzan Ozpetek (2010)

A revolução está prestes a chegar à família Cantone. Tommaso (Riccardo Scamarcio), o filho mais novo que foi estudar para Roma, tem uma revelação para fazer no dia em que regressa a casa para assinar um contrato que lhe dará o controlo do negócio da família, uma fábrica de massas: é homossexual. O que podia dar um dramalhão sobre a forma como a homossexualidade ainda é vista no seio de meios conservadores (não só a família, mas também a cidade onde decorre a acção é uma localidade pequena onde tudo se sabe) acaba por se tornar uma comédia quando o irmão mais velho de Tommaso, Antonio (Alessandro Preziosi), se antecipa e resolve ser ele a sair do armário.

Um autêntico terramoto cai sobre toda a gente. O patriarca expulsa o filho mais velho, que seria o herdeiro natural na fábrica, e tem um enfarte e Tommaso não sabe o que fazer, pois acaba por não conseguir revelar ao pai que também é gay com medo que algo de pior lhe aconteça e fica a controlar a empresa com a ajuda da bela Alba (Nicole Grimaudo). Esta, não sabendo das preferências de Tommaso também acaba por se apaixonar por ele.

«Uma Família Moderna» é uma boa comédia vinda de Itália, a espaços fazendo lembrar as clássicas comédias italianas que deixaram saudades em quem gosta de dar umas boas gargalhadas com equívocos. Um dos bons exemplos é a chegada à pequena cidade dos amigos gays de Tommaso, onde também se encontra o seu namorado, e toda a gente pensa que são heterossexuais. E eles bem se esforçam por parecê-lo, mas acabam sempre por se descair. O pai Vincenzo (Ennio Fantastichini), que não acredita que o filho o tenha enganado e continua o filme todo a pensar que Tommaso também gosta de mulheres como ele, é outro dos papéis que ficam deste filme.

Nota: 4/5

Site oficial do filme

Sem comentários:

Enviar um comentário