terça-feira, 23 de novembro de 2010

Os Miúdos Estão Bem, de Lisa Cholodenko (2010)

«Os Miúdos Estão Bem» é um retrato de uma família composta por duas mães e dois filhos que começa a atravessar uma fase de turbulência quando um dos jovens decide conhecer o pai biológico. Só esta frase poderia afastar muita gente do filme, devido a preconceitos de cariz sexual, mas este é um retrato de uma família normal que acontece ter duas mães em vez de um pai e uma mãe. E uma família normal porque Nic (Annette Bening) e Jules (Julianne Moore), as duas mães que compõem o casal de lésbicas educaram os seus petizes Joni (Mia Wasikowska, a Alice de Tim Burton) e Laser (Josh Hutcherson), como se fossem uma família tradicional. O seu comportamento apenas se vem alterar quando se dá o encontro com Paul (Mark Ruffalo), o dador de esperma que foi utilizado pelas duas para engravidarem.

Além desta faceta do choque entre três personagens que nada têm em comum, «Os Miúdos Estão Bem» aborda também a questão da adolescência e o despertar para a sexualidade por parte dos dois filhos. A rapariga está prestes a entrar para a faculdade e a abandonar o lar enquanto o rapaz faz as tropelias normais de um jovem inconsciente ao lado de um amigo bastante parvo, que parece saído da série Jackass. Com excepção de Mark Rufallo, que faz um papel de personagem engraçadinha mas sem graça, todos os elementos da família têm uma boa prestação, sobretudo as duas mães, que têm uma excelente química. Quase que parece que estão a interpretar um casal a sério.

Estamos assim perante uma comédia dramática que precisava de ir um pouco mais longe para produzir o efeito desejado. O problema é que «Os Miúdos Estão Bem» não consegue ser atingir o alvo na maioria das cenas mais cómicas (por exemplo, penso que a personagem do jardineiro que ajuda Jules podia ter sido melhor aproveitada) e as cenas dramáticas também pecam por não ser convincentes. Um bom filme para ver numa tarde de fim-de-semana.

Nota: 3/5

Site oficial do filme

1 comentário:

  1. Tb ja vi o filme e achei interessante, sobretudo original e nao cai nos dramatiscos habituais, mas concordo ctg falta-lhe um pouco mais.

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