domingo, 12 de junho de 2011

Terra dos Mortos, George A. Romero (2005)

George Romero pode não ser o melhor realizador do mundo, mas é sem sombra de dúvidas um dos maiores quando se fala em cinema de terror com C grande. E «Terra dos Mortos», apesar de não ser o melhor da sua obra, não deixa os fãs do cineasta desiludidos. Uma vez mais as personagens principais aqui são os zombies, desta vez um bocado mais inteligentes do que o habitual, pois conseguem ter alguma autonomia e ultrapassam alguns problemas que a sua espécie enfrenta relativamente bem. Isso não é bem explicado como (por exemplo, na questão do fogo de artifício), mas isso também não interessa nada.

O que interessa é que «Terra dos Mortos» é um dos filmes de terror mainstream realizados na primeira década deste século que não se deixa cair nos facilitismos que o género tem vindo a enfrentar. Leia-se: um grupo de jovens na mira de um serial killer sádico. Neste filme Romero leva-nos a acompanhar um grupo de humanos que tenta evitar a chegada dos zombies a uma cidade fechada liderada por Kaufman (Dennis Hopper), que vive num edifício de luxo junto de uma elite escolhida por ele próprio. Os restantes humanos vivem nessa colónia, mas com menos condições. É a tentativa de um deles chegar ao edifício (Cholo - John Leguizamo) e de outro fugir dos EUA (Riley - Simon Baker), ambos antigos companheiros de armas, que faz avançar a narrativa.

E o que resulta bem em «Terra dos Mortos» é precisamente a história, um factor que tem escapado ao género nos últimos anos e que mesmo os grandes mestres, como Carpenter ou Wes Craven, parece terem perdido. Neste caso, Romero consegue marcar pontos, apesar de mesmo assim não ser a melhor história de sempre. Mas está bem conseguida e acaba por tornar o filme entretenimento interessante, sobretudo para os fãs do cinema de terror mais clássico.

Nota: 3/5

Site oficial do filme

2 comentários:

  1. Todas as obras de Romero são indispensáveis para os fãs de terror.

    Este trabalho apesar de não ter o charme dos seus filmes de baixo orçamento, consegue entreter e continua com dignidade sua saga de zumbis no cinema.

    Abraço

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  2. Eu confesso que o terror não é o meu género preferido, mas quando é bem feito, como é o caso dos filmes do Romero e do Carpenter, que não abusam como os filmes de terror recentes, gosto de ver. E este apesar de não ter o tal charme dos filmes de baixo orçamento até nem é mau de todo.

    Abraço

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