quarta-feira, 27 de julho de 2011

Hanna, de Joe Wright (2011)

Há filmes que têm tudo para dar um bom resultado, mas no final não conseguem alcançar as expectativas. É o caso de «Hanna». Realizado por um realizador com provas dadas («Expiação» ou «Orgulho e Preconceito»), esta é a primeira vez que Joe Wright se aventura em filmes de acção. E o resultado não é o melhor. A história de «Hanna» é a de uma adolescente com o mesmo nome (Saoirse Ronan) que foi criada pelo seu pai (Eric Bana) numa floresta finlandesa, no meio da neve para ser uma assassina perfeita. Ao carregar num estranho botão a sua localização é identificada numas instalações da CIA e começa uma perseguição liderada por Marissa Wiegler (Cate Blanchett), uma agente com poucos escrúpulos ligada ao passado da jovem que poderia ser uma das melhores vilãs dos últimos tempos. Mas infelizmente não é, pois Cate Blanchett parece estar em piloto automático.

Se a premissa é interessante e o elenco conta com alguns nomes sonantes, o resultado final acaba por desiludir. Tudo devido ao desenvolvimento do filme que não consegue ser suficientemente fluido para acompanhar a narrativa. O próprio desenlace é tão fraquinho que nem chega a surpreender. E mesmo as cenas de acção deixam muito a desejar, pois na sua maioria parecem demasiado falsas e não convencem. Esta falha nota-se sobretudo numa das cenas mais bem filmadas do filme, quando o pai de Hanna luta com um grupo de agentes numa estação de metro. Apesar de bem filmada, a sequência da luta em si deita tudo a perder. O que é estranho, dado que o responsável pelas sequências de duplos foi o mesmo de alguns filmes da série Bourne.

Nem mesmo a banda sonora assinada pelos Chemical Brother, que consegue ser muito boa, salva «Hanna» pois está bastante desadequada em relação ao que se vai passando no ecrã. No meio de tantas coisas menos conseguidas, destaque para duas interpretações: a de Saoirse Ronan, que começa a corresponder às promessas indiciadas em «Expiação», e de Tom Hollander, que interpreta um vilão pouco explorado que merecia mais espaço no filme.

Nota: 2/5

Site oficial do filme (menos mal, o site é bastante interactivo e tem áreas escondidas que dá para aprofundar um pouco mais o universo do filme)

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